10/06/2010

O 8.o hábito uma tendência, ou uma necessidade?

Ontem tive uma aula que me remeteu a lembrar do O 8º Hábito do Covey.

Para quem não sabe trata-se de um livro que nos mostra o caminho à verdadeira realização, à relevância, ao significado e à contribuição pessoal de cada um, dentro do novo panorama que vivemos - não apenas no trabalho e na organização, mas em toda nossa vida. Sem dúvida, os novos desafios e a complexidade com que nos deparamos em nossas vidas, nossos relacionamentos, nossa rotina, são de uma ordem de grandeza diferente. E exigem novas atitudes de cada um de nós! Algumas até desconhecidas ainda. Novas habilidades e um novo hábito: o 8º Hábito! Que nada mais é do que um convite para encontrar a própria voz e inspirar outros a encontrar a deles.

Mas para que um 8º hábito? Você pode se perguntar, como eu me perguntei quando o conheci pessoalmente.

O mundo mudou profundamente desde que Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes foram apresentados pelo autor em 1989. Apesar de manterem a sua relevância, os 7 hábitos tratam de como nos tornarmos altamente eficazes.

Ser uma pessoa ou uma organização eficaz não é mais uma opção no mundo de hoje, é o mínimo exigido, mas mostrar excelência e liderança nesta nova realidade exige além de eficácia. Este nosso MOMENTO ATUAL exige GRANDEZA.
E GRANDEZA nada mais é do que a capacidade de “Encontrarmos nossa voz interior e inspirarmos os outros a encontrarem a deles” esse é o 8º hábito. É a voz do espírito humano, é a voz que também abrange a alma da organização que sobreviverá e prosperará e terá impacto profundo no futuro do mundo.

Voz é significado pessoal e único, que se revela quando nos deparamos com nossos maiores desafios. Trata-se da ligação entre o talento (dons e pontos fortes naturais), a paixão (coisas que energizam, empolgam, motivam e inspiram), a necessidade (o que o mundo precisa e nos paga) e a consciência (que diz dentro de nós o que é certo e nos impulsa a fazê-lo).
Quando nos engajamos num trabalho que usa nosso talento e alimenta nossa paixão, surge uma grande necessidade do mundo que nossa consciência nos chama a atender – ali está a nossa voz, o código de nossa alma.

Como esta ligação está rompida as pessoas estão adoecendo e as organizações também! Falta de interesse, baixa performance, desinteresse, pouca competitividade, são sintomas deste rompimento entre os elos!

O PARADIGMA DA PESSOA INTEGRAL

Os seres humanos não são coisas, são seres com quatro dimensões: corpo, mente, coração e espírito. Podemos também chamar de dimensões: física/econômica, mental, social/emocional e espiritual que representam as quatro necessidades e motivações básicas de todas as pessoas: viver (sobrevivência), amar (relacionamento), aprender (conhecimento e desenvolvimento) e deixar um legado (significado e contribuição).

Cada um de nós temos escolhas, consciente ou inconscientemente. Estas escolhas vão desde a rebeldia ou resistência à empolgação criativa. Pessoas de sucesso recorreram à sua verdadeira natureza e a seus dons, em resumo, encontram e usam a sua voz interior, aplicando os princípios da pessoa integral: corpo, mente, coração e espírito. Além disto, inspiram os outros a acharem a sua própria voz por meio dos mesmos princípios.

QUEM ME CONHECE SABE QUE EU VIVO CONVIDANDO AS PESSOAS PARA ENCONTREM SUA VOZ INTERIOR

Todos escolhemos uma de duas estradas na vida. Uma é bem larga, bem percorrida, a estrada para a mediocridade; a outra é a estrada para a grandeza e o significado.
O caminho para a mediocridade inibe o potencial humano, já a trajetória para a grandeza o libera e concretiza. O caminho para a grandeza é um processo de dentro para fora, já os que viajam para a mediocridade vivenciam o software cultural do ego, da mesquinharia, da competição e vitimização.
Não importa quanto tempo tenhamos seguido na trilha da mediocridade, sempre podemos escolher o caminho da grandeza e encontrar e expressar a nossa voz interior.

INSPIRE OS OUTROS A ENCONTRAR A DELES

Inspirar (do latim, inspirare) significa soprar vida em outro. À medida que reconhecemos, respeitamos e criamos formas para que os outros dêem voz as quatro partes de suas natureza, o gênio, a criatividade a paixão, o talento e a motivação humanos desabrocham. Devemos integrar o que aprendemos em nossa vida. Saber e não fazer é realmente não saber. Aprender e não fazer é não aprender, pois somente fazendo internalizamos o conhecimento.

Conhecimento + Habilidade + Atitude = Hábito

A força para descobrir a voz interior decorre do potencial que nos coube ao nascer. As sementes da grandeza estão plantadas em nós! Pode acreditar nisto. Recebemos magníficos “presentes” ou dons de nascença – talentos, capacidades – que podem ficar em grande parte dormentes, a menos que tomemos decisões de despertá-los.

O PRIMEIRO DOM QUE RECEBEMOS AO NASCER: A LIBERDADE DE ESCOLHA

Ou seja não somos vítimas! Fazemos escolhas. E nos embasamos em nossos valores. Nossa capacidade de escolher o rumo de nossa vida nos permite reinventarmo-nos, mudar o nosso futuro e influenciar significativamente o resto da criação. Esse é o dom que permite elevar nossas vidas a patamares cada vez mais altos.
Entre o estímulo e a resposta há um espaço. Nesse espaço está a nossa liberdade e a capacidade de escolher nossa resposta. Nessas escolhas estão o nosso crescimento e a nossa felicidade!
Também podemos nos tornar “figuras de transição” nas organizações em que atuamos.

O SEGUNDO DOM QUE RECEBEMOS AO NASCER: OS PRINCÍPIOS

Usar bem o espaço entre o estímulo e a resposta, gera nossa liberdade de escolha. A sabedoria significa viver em função de princípios, em vez de acompanhar os remendos rápidos da cultura dos nossos dias. Os princípios são universais, atemporais e irrefutáveis. São eles: respeito, honestidade, bondade, integridade e justiça. Já valores são normas sociais. São pessoais, emocionais, subjetivos e refutáveis, eles controlam o comportamento e os princípios as conseqüências do comportamento. A nossa consciência é o repositório dos princípios.

O TERCEIRO DOM QUE RECEBEMOS AO NASCER: AS QUATRO INTELIGÊNCIAS

As quatro dimensões da nossa natureza são: corpo, mente, coração e espírito. Cada uma destas partes corresponde a uma inteligência que todos possuímos; nossa inteligência física ou corporal (QF), nossa inteligência mental (QI), nossa inteligência emocional (QE) e nossa inteligência espiritual (QS).
Inteligência mental (QI) – nossa capacidade de analisar, raciocinar, pensar, usar a linguagem, entender etc.
Inteligência física (QF) – é a inteligência do corpo, tudo o que ele faz sem esforço, através dos sistemas respiratório, circulatório, nervoso, imunológico, etc.
Inteligência emocional (QE) – é o autoconhecimento, a autoconsciência, a empatia, a capacidade de nos comunicarmos e nos relacionarmos satisfatoriamente.
Inteligência espiritual (QS) – é a inteligência central e mais fundamental porque é fonte de orientação das outras. Ela representa o nosso impulso em direção ao sentido. Nos ajuda a discernir os verdadeiros princípios que são parte da nossa consciência.

Desenvolver as 4 inteligências nos influenciará a inspirar as outras pessoas a encontrarem a sua voz.


E UMA VEZ IDENTIFICA, EXPRESSE A SUA VOZ INTERIOR – VISÃO, DISCIPLINA, PAIXÃO E CONSCIÊNCIA

Ao estudarmos a vida de todos os grandes realizadores, encontramos um padrão. Com esforço persistente e luta interior, ampliaram grandemente as suas quatro inteligências.
As manifestações mais elevadas das quatro inteligências são: visão para a mental, disciplina para a física, paixão para a emocional e consciência para a espiritual. Essas manifestações são também os nossos meios mais elevados de expressar nossa própria voz.
Visão – é ver com os olhos da mente, ela ocorre quando a nossa mente junta a necessidade com a possibilidade. Quando as pessoas não têm visão, ficam presas a vitimização.
Disciplina – é pagar o preço da transformação da visão em realidade, é lidar com as dificuldades. A disciplina surge quando a visão se junta à dedicação. Ela é contrária à complacência.
Paixão – é o fogo, a convicção e o impulso que sustenta a disciplina para realizar a visão. Surge quando as necessidades humanas se sobrepõem a um talento humano único. A paixão se opõe ao espelho social.
Consciência – é o sentido moral interior do certo e o errado. É a força orientadora da visão, da disciplina e da paixão. Contrasta com a vida dominada pelo ego.

A VISÃO, A DISCIPLINA E A PAIXÃO REGEM O MUNDO

Qualquer um que tenha influenciado os outros para o bem ou para o mal tem três atributos comuns: visão, disciplina e paixão. Esses atributos representam a liderança que funciona.

Contudo, há uma diferença muito grande entre a liderança que funciona e a que se perpetua, é a que inclui a consciência. Quando a consciência governa a visão, a disciplina e a paixão, a liderança resiste ao tempo e muda o mundo para melhor. A autoridade moral faz funcionar a autoridade formal e autoridade formal sem autoridade moral fracassa.


À medida que respeitamos, desenvolvemos, integramos e equilibramos as quatro inteligências e suas manifestações mais elevadas, a sinergia entre elas acende o fogo interior e encontramos nossa voz.

DESAFIO DA LIDERANÇA INSPIRARA OS OUTROS A ENCONTRAR AS VOZES DELES

Liderar é comunicar às pessoas seu valor e seu potencial de forma tão claras que elas acabem por vê-los em si mesmas. Isto é por em movimento o processo de ver, fazer e tornar-se. O maior desafio dentro das organizações é estabelecê-las e fazê-las funcionar de modo que permita que cada pessoa sinta seu valor inato e potencial de grandeza e de participação.

Os quatro papéis do líder servem de antídoto para OS PROBLEMAS ORGANIZACIONAIS. São quatro qualidades da liderança pessoal:

• Modelar (consciência): dar um bom exemplo;
• Descobrir caminhos (visão): determinação conjunta do trajeto;
• Alinhar (disciplina): estabelecer e gerenciar sistemas para manter o rumo;
• Fortalecer (paixão): focar o talento nos resultados, não nos métodos.

Algumas organizações que se descuidam de sua margem de lucratividade, acabam por perder a oportunidade de cumprir sua missão, pois precisam de sustentabilidade para sobreviver. Já outras, preocupam-se somente com a margem e perdem de vista a missão que as inspirou a entrar nos negócios inicialmente.Deve haver um equilíbrio, sempre.
Um plano estratégico deve começar focando no cliente. Num sentido concreto há dois papéis nas organizações: clientes e fornecedores, todos funcionam simultaneamente nestes dois papéis, fora ou dentro da organização.

A essência dos bons negócios então é a qualidade da relação entre clientes e fornecedores. È preciso saber o que importa para essas pessoas, de modo a fazer um planejamento estratégico que faça sentido.
Os clientes mudam e, portanto a estratégia deve se adaptar, mas se os valores estão alicerçados em princípios imutáveis, haverá uma coluna central em que se agarrar nas inevitáveis mudanças.
Quando a declaração de missão e o plano estratégico são profundamente compartilhados, seja por identificação ou envolvimento, já haverá a criação mental, emocional e espiritual. Em seguida ocorrerá a criação física, ou seja, a execução da estratégia.

Bem penso que isto é o suficiente para nos sensibilizarmos a começar a prática desta busca. Uma busca profunda, que envolve disciplina. COVEY disse e eu reforço, com toda minha humildade, qual o legado que você está deixando no mundo?

Boa semana,

Cintia Menegazzo

Um comentário:

  1. Ola prof. Cintia ... to adorando seu blog, to te seguindo ja...

    Da uma visitada no meu tambem ... rs

    http://crisflohrzinha.blogspot.com

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