04/07/2012

Contos e Metáforas, combinam com gestão?




Após um super treinamento com o mestre # Fran Papaterra, e a minha formação recente em PNL me lembrei dos contos e das metéforas já estudadas..... E claro a influência disto tudo em nossa gestão.  

Desde os primórdios da humanidade, contar histórias é uma atividade privilegiada na transmissão de conhecimentos e valores humanos.  Esta atividade tão simples, mas tão fundamental, pode se tornar uma rotina banal ou representar um momento de excepcional importância na educação e formação das pessoas. 


#Gilberto Cury, um dia disse "uma boa história pode mudar o mundo..." e é fato!


O estudo e a a discussão em torno da adequação e da validade da narrativa dos contos/matáforas para as pessoas, especialmente para crianças pequenas, vem perdurando por gerações e gerações de professores, psicólogos, psicanalistas como também entre orientadores educacionais, coachs e pedagógicos. 


Eu acredito verdadeiramente no valor e na verdade que se revelam nessas histórias arcaicas, na força e na coragem que podem surgir, exatamente, pelo impacto do encontro direto com a fraqueza, o desamparo, o medo, a necessidade de luta para alcançarmos nossos objetivo. Acredito que a metáfora age direto em nosso inconsciente levando as mensagens de forma direta aos pontos mais profundos e necessários de serem trabalhados.


Penso que os acontecimentos objetivos da vida da humanidade são a nossa história. Os acontecimentos subjetivos, as vivências interiores criaram as estórias. As metáforas ou contos, são narrativas simbólicas extremamente simples, primitivas, capazes de transmitir experiências subjetivas complexas e vivências emocionais delicadas às pessoas mais ingênuas. Basta observarmos como uma criança reage a uma boa história!


 Há alguns aspectos bem interessantes a considerar quando pretendemos nos deter na reflexão e no estudo dos contos ou metáforas. Em primeiro lugar, o fato de que eles falam sempre de relacionamentos humanos primitivos e por isso exprimem sentimentos muito arcaicos do psiquismo humano. Mas porque arcaicos não deixam de ser atuais, talvez até extremamente atraentes e instigadores porque mostram o que se evita manifestar nas nossas sociedades contemporâneas: a raiva, a inveja, a mentira, também o amor, a fidelidade, a generosidade, com suas enormes conseqüências no viver humano. 


Nesse sentido, esses contos, como as lendas e os mitos, estão embebidos de princípios éticos universais. Outro aspecto extremamente importante a considerar é que os contos, sob múltiplas variações, apresentam sempre uma mesma estrutura e temática: falam da busca da totalidade, da plenitude do ser.... Alguma semelhança com a gestão?

Pois bem!  Todo conto gira em torno de um herói ou heroína que apresenta sua origem: pai, mãe, terra, cultura. O herói ou heroína vivem sempre dificuldades grandes e chegam a um momento de impasse em que alguma coisa extraordinária precisa acontecer para que haja uma solução   satisfatória. Entram então em ação múltiplos poderes naturais e sobrenaturais ou mágicos, tanto do lado do bem como do lado do mal: inimigos terríveis, companheiros fiéis, personagens imbuídos de insegurança, de esperteza, de coragem, figuras transcendentes como fadas, anjos, demônios e dragões. A luta é sempre extremamente difícil, mas, ao final, faz-se a justiça, encontra-se a paz, a harmonia, vence o bom e o bem....



Nessa luta vão sempre aparecer dificuldades extraordinárias que exigirão muita disposição e astúcia para ser contornadas e vencidas – esta é a saga do herói, de cada um de nós, que, ao final, deveria ser culminada pela possibilidade de vencer todas as dificuldades. 


Assim eu creio que cada uma dessas estórias é um estímulo encorajador na luta da vida, em que se valorizam os princípios éticos na relação com o outro: o Mal é denunciado, e o personagem mau é castigado; o Bem é valorizado, e o personagem bom é premiado. A proposta e a realização básica são sempre de plena vitória final do bom e do bem....

Jung diz que “mitos e contos dão expressão a processos inconscientes, e sua narração provoca a revitalização desses processos, restabelecendo a conexão entre o consciente e o inconsciente”. 


O que importa é referendar a importância dos contos e metáforas no desenvolvimento intelectual e emocional das pessoas e consequentemente de sua gestão. Todos que trabalham com desenvolvimento de pessoas, devem dedicar esforços para proporcionar condições que favoreçam a integração deste todo.... e s
e os contos e metáforas se apresentam com possibilidades de favorecer essa integração, não há como desconsiderá-los. 


Se podemos aprender, por meio deles, a identificar e a reconhecer, nos outros e em si mesma, pensamentos e sentimentos que ajudam ou atrapalham sua relação consigo mesmo e com os outros, se aprende a conviver com naturalidade com fortes elementos   do inconsciente e do seu próprio inconsciente, estaremos lhe oferecendo melhores condições para crescer e amadurecer no caminho do desenvolvimento pessoal.... 


 Essa proposta poderia e deveria ser um trabalho sistematizado e permanente, nas empresas, escritórios e escolas.... E as pessoas incumbidas de realizá-lo (professores, orientadores, psicólogos, coach, terapeutas, gestores) precisariam ter, elas mesmas, um desenvolvimento pessoal e uma intimidade com seus próprios inconscientes, para poderem favorecer (ou, pelo menos, não atrapalhar) o encontro do que dizem com o que precisa de fato SER DITO!


Boa semana e vamos criar metáforas??????